Push / Play - Músicas pra ouvir no boteco

3.5.10 | comentários: 2

Quem nunca foi afogar as mágoas na mesa do bar e fazer o garçom de confidente ???

O boteco não é aquele barzinho da moda, em alguns casos ele pode até virar... Mas aí ele perde o status de boteco.

O boteco é aquele local onde mesas e cadeiras são velhas - caindo aos pedaços, como diria alguma tiazinha - o cheiro que predomina no ambiente é o da cachaça ou alguma bebida e gordura... Afinal qual boteco que não tem a sua lista de frituras que servem como tira-gosto?

Um lugar pra arrumar confusão, falar de futebol, mulher e Rock'n Roll...

Tipo bar do Moe dos Simpsons...

Segundo um amigo, “você tem que ter nervos de aço para entrar num lugar desses”, mas eu digo: se você for na companhia de bons amigos, certamente voltará!

Só evite perguntar onde fica o banheiro... Ele não existe! Se existir, não entre!

Então, como o título do Push/Play de hoje diz, temos a música que toca no boteco mais distante... Porque beber perto de casa não dá!

Ah! Não tenha preconceito, algumas das músicas são do tempo do seu avô, mas funcionam até hoje nos botecos da vida...


Eu não bebo mais / Matanza – Matanza é a banda criadora de músicas que são trilhas de bebedeiras. Nessa, se comprova que não é só homem que bebe... Você lembra do último porre, da promessa “não bebo mais” e pede mais uma dose pro garçom...


Tu és o MDC da Minha Vida / Raul Seixas – Raul, um cara que uniu o Rock e o brega, que no Brasil é a música que predomina no boteco... Essa música é pra ser ouvida na calçada do boteco, na saída pra um rolé troncho (rolé troncho é a saída que você sabe que tem tudo pra dar errado mesmo e assim vai), depois que o cara leva um pé na bunda.


A Praiera / Chico Science e Nação Zumbi – O cara sai de casa no sábado, pra voltar logo, encontra os amigos e diz: “uma cerveja antes do almoço é muito bom pra ficar pensando melhor!”


Dívida / Ultramen – Além dos problemas amorosos, do encontro casual com os amigos, os problemas do bolso sempre nos levam ao bar... Até mesmo pra negociar “aquela dívida de uns anos atrás...”


Sentimental / Altemar Dutra – Pensei que só eu conhecia, mas numa conversa na última semana com o pessoal da facul, sai alguém cantando “sentimental eu sou, eu sou demais“. Essa música lembra minha infância - meu pai ouvindo uns LP’s tomando um vinho...


Rehab / Amy Winehouse – Música de quem já está no “fim de carreira”, digo, no fim da noite. A mulher que já tomou todas, levou um fora do namorado e saiu com as amigas, que já arrumaram onde dormir (com quem) e ela nada!


Meu mundo caiu / Maysa e Fracasso / Núbia Lafayete – Fiquei na dúvida entre duas músicas e decidi postar as duas... “Meu mundo caiu” é um clássico na voz de Maysa, que ficou conhecida pelos mais novos na série da Globo... Núbia é potiguar, coisa que poucos sabem, e faleceu em 2007. As duas músicas marcaram minha adolescência... Não, eu não era um bêbado mirim, mas eram músicas que eu e meus amigos cantávamos na aula para azucrinar a vida dos professores... Algum tempo depois, me pego num bar ouvindo: “Fracasso, fracasso, fracasso fracaaaasso, Fracasso afinal”, e na seqüência “Meu mundo caiu”... O boteco também serve pra isso, relembrar os bons tempos.

Meu mundo caiu


Fracasso - Não consegui o mp3 mas esse vídeo resume a idéia embora não tenha sido gravado num boteco...


Se servir de inspiração para iniciar os trabalhos me convide.