Antes de começar queria avisar que o texto abaixo foi publicado por mim originalmente no blog Telacast no dia 17/08/09. Fiz pequenas alterações nele hoje, mas a essência continuou a mesma.
Vamos ao texto:
Quem nunca viu Big Love? Não sabem o que estão perdendo! Eu tinha visto ano passado (2008) os 5 primeiros episódios da série, mas nunca continuei a vê-la. Falta de tempo ou sei lá o quê. Resolvi baixar a primeira temporada completa pra vê-la em ritmo de maratona. Não deu outra: tô aqui me tremendo por mais.
Pra quem ainda não conhece, a série conta a história de Bill, suas três esposas e seus sete filhos. Sendo uma família típica que segue os princípios e valores dos Mórmons e que vivem em uma relação poligâmica.
Com esse tom já percebemos que eles vivenciam muitos desafios, mas tudo em nome de um amor que é muito difícil de encontrar nos dias de hoje. Não estou defendendo aqui o estilo de vida poligâmico, nem os mórmons e nem nada. Cada um faz o que quer da vida e não tenho autoridade nenhuma pra julgar as pessoas. O que quero dizer é que, através dessa história, os roteiristas mostram que o amor é importante e que as relações humanas só são possíveis quando esse amor existe em nós.
Na primeira temporada acompanhamos o dia a dia dessa família e como eles passam por problemas que nós também passamos: infidelidade, brigas conjugais, preconceito e discriminação, descobertas sexuais na adolescência, questionamentos religiosos, disputas no mundo dos negócios, vaidade, dúvida e muito mais. Só assistindo pra poder perceber o quão rica é esta série. Mas gostaria de destacar aqui 4 momentos marcantes pra mim nessa primeira temporada:
1. O caso entre Bill e Barb: apesar de casados os dois vivenciam um tipo de affair. Os dois passam a se encontrar escondidos dos outros por pura necessidade de uma maior presença de um na vida do outro. Isso seria egoísmo? Seria natural? O fato de terem que viver mentindo pros outros membros da família faz com que eles refletam sobre a vida que ambos escolheram e acabam decidindo acabar com os encontros às escuras.
2. Batismo de Margene: durante todo o episódio "The Baptism", Margene fica em conflito com a sua decisão de ser poligâmica. Mas, no final do episódio enquanto a filha de Bill e Barb está sendo batizada na piscina do quintal da casa deles, Maggie entra na piscina e declara o seu amor não só a Bill, mas à toda família e decide ser batizada também. Confesso que achei a cena muito linda. Quase chorei.
3. Ben, filho de Barb e Bill, tem uma namorada que o está pressionando para que eles avancem no relacionamento. Isso faz com que ele questione se ela é certa pra ele, se ele deve perder sua virgindade e quebrar com um dos princípios de sua religião. Mas, ele acaba decidindo atender aos desejos de sua namorada e aos seus próprios impulsos e se arrepende amargamente quando acontece. Ele fica tão desesperado que reza (ou ora, sei lá) pedindo perdão. Deu muita pena!
4. Nikki: quando Barb é eleita uma das três melhores mães de Utah (EUA), Nikki é uma das que são contra a participação dela na votação, pois isso poderia colocar em risco à família, as pessoas poderiam descobrir a verdade sobre eles ou então, no mínimo, eles teriam que viver uma mentira. Afinal, não iriam escolher uma mãe poligâmica como a mãe do ano, não é mesmo? Então ela comunica que não irá à cerimônia, o que deixa todos tristes, mas no último momento quando todos estão arrumados Maggie diz que tem uma surpresa: Nikki está toda arrumada, sem as suas roupas da comunidade mórmon e diz que vai à cerimônia. Pela primeira vez vemos a personagem fazendo algo realmente amoroso. Adorei!
Bem pessoal, esse post acabou se estendendo mais do que eu pensava, mas fica a dica para vocês: assistam Big Love! É muito bom!
comentários: 0
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário blá, blá, blá