O gênero policial vinha ganhando nova vida nos quadrinhos desde Sin City, de Frank Miller. Depois, seguiram ótimos títulos: 100 Balas, Gotham Central, Balas Perdidas, dentre outros. Mas foi com Criminal (2006), do selo Icon da Marvel (que mantém os direitos autorais com seus autores), que o gênero se consolidou.
A série é escrita por Ed Brubaker e desenhada por Sean Phillips. E Brubaker já havia provado que sabe escrever histórias policiais com Gotham Central, extinto título da DC Comics que explorava a vida dos policiais de Gotham City e também suas relações com Batman e sua galeria de vilões. O autor é mais conhecido por seu excelente trabalho nas séries do Demolidor e do Capitão América, ambas repletas de conspirações e tensão emocional. O traço de Sean Phillips não é impressionante, mas o mesmo não pode ser dito de sua narrativa. Suas sombras se adaptam perfeitamente a cada quadro, focando cada sensação.
Criminal tem todo encanto do cinema noir. Não existem heróis ou vilões e cada erro e fantasma do passado sempre retornam. Isso permite que os autores possam ultrapassar certos limites que a maioria dos editores não permitiria.
Cada arco se concentra num determinado personagem. O primeiro é sobre um batedor de carteiras covarde, mas com planos perfeitos. E é justamente esse arco (vencedor do prêmio Eisner 2007, o Oscar dos quadrinhos), que a Panini promete lançar em breve nas livrarias do país.
Escrito por Fábio Dantas
comentários: 0
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário blá, blá, blá