
Quinta-feira, por volta das 22h e nossa aventura começa. Assistir a pré-estréia de “Alice no país das maravilhas” do Tim Burton. E foi aquela coisa: você sai de casa achando que vai assistir a um filme mediano e plasticamente agradável, mas como diria meu professor de iluminação (gostaria de pensar que ele fala isso brincando): “tem sempre aquele plus a mais", não é mesmo?
Do staff desse site, tivemos Myrianna, Juliana, Fernando e eu, Taty Macoli. Além dos meus irmãos: Mariana Carolina e Jessé Fernando (gêmeos de 17 anos e se a palavra aborrescente estivesse no dicionário, os nomes deles estariam lá como definição, acrescidos de: sinônimo de demônio). Antes da fila, tivemos discussões filosóficas sobre a morte na versão espírita, que não vêm ao caso. Depois disso, começamos a sessão “what a hell?!” que consiste basicamente em observar as fantasias que algumas pessoas usam como roupa casual. Algumas eram um desafio à visão. Sabe quando você olha e percebe que se continuar olhando vai ter visão-dupla pro o resto da vida? (dá barato isso).
Quando você pensa que tudo de ridículo já aconteceu; que você só tem que sentar, colocar os óculos 3D (para mais um filme que não precisaria ser em 3D) e assistir... Começam as prévias de trailers medonhos como “Sherk 200” e “Toy Story 65”. Em seguida, eis que surge um louco com um vestido azul, digno de uma debutante nos anos 80, e uma peruca loura que deveria lembrar Alice, mas, se você não estivesse atento ao contexto, fatalmente pensaria que a Cuca (versão anos 90 da Globo) estava correndo pela sala de cinema gritando: “eu tô perdida! Eu tô perdida!” De vez em quando, esse texto sofria geniais variações de roteiro como: “Onde é que eu estou? Onde é que eu estou!”.
Acha pouco? Então experimenta assistir a versão do Chapeleiro Maluco que chega para resgatar a tal “Alice”. Ele não era feio não. Era horrendo. E com texto digno da proeza já citada acima. Por que o Cinemark fez isso com seus clientes? É uma pergunta justa. Depois das gritarias da Cuca e da “reencarnação do terremoto do Haiti” (sem querer comparar o sofrimento daqueles que passaram por esse último com o nosso, porque nós, que estávamos na sala, sofremos muito mais) eles só sortearam uns copos 3D que, com certeza, em breve serão vendidos em um daqueles combos banhados a ouro e revestidos em prata que custam, em média, 15% do salário mínimo no Brasil.
Revoltada com o Cinemark? Imagina... Porque se não bastasse o roubo no preço dos ingressos, nós temos que suportar o circo. E se ainda fosse circo de verdade, tudo bem, era aquele plus a mais... Mas, não. Era muito ruim. E até peço perdão aos artistas de circo. Vocês não merecem tal comparação. A culpa disso é a minha falta de adjetivos para as aberrações da última quinta à noite.
p.s.: por favor, não se ofendam com a citação ao Haiti. Diferente de Sandy (a de sobrenome Júnior), sou solidária à causa, sim.
p.s.2: Para saber nossos comentários sobre o filme, clique aqui. =)
Por Taty Macoli
comentários: 4
Nunca descreveria melhor! hauiahaiuhauihauiahuiah
@juliana_bulhoes
kkkkkkkkkk
Sofrimento é pouco diante daquele freak show do cinemark. O Oscar tá perdendo ótimos atores e roteiristas!
Na sua sessão teve até sorteio de copos???? na que eu assisti no sábado 23, o pessoal fez esta mesma tragicomédia para lembrar da devolução dos óculos ao final da sessão!!!! detalhe: a Alice era um homem de peruca loira e sandália Havaianas!!!!!
kkkkkkkkkkkkkk
né isso...
eu conheço gente que roubou óculos do cinemark, alegando "não saber onde estava" ahahaha
=*
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