Terceira dimensão no cinema

22.4.10 | comentários: 1

Na década de 80’ [que foi a mais brega da história da humanidade e quando eu estava na adolescência, coitado] surgiram uns cabôco vendendo umas telas de plástico com tintas de várias cores espalhadas. Era a solução para ver imagens coloridas em televisores em preto e branco, que era a situação lá em casa. Tem que rir pra não chorar. Tecnologia de arremedo.

Duas outras invenções estavam habitando o mundo já naquela época, como suporte para uma aproximação da imagem bidimensional [altura e largura] do que o nosso cérebro decodifica como um campo de imagem em 3 dimensões: o holograma e o agora famoso 3D.

Eu, que sempre fui míope, já conseguia perceber [mas não dizia pra ninguém porque sempre tive fama de ter o juízo em desalinho] o que determinadas cores, justapostas, me proporcionavam. Era como se a figura em uma cor estivesse suspensa em relação à outra figura, no mesmo plano do papel, pintada de outra cor. Essa artimanha provoca a sensação de cumprimento de onda [da cor e, de carona, do objeto relativo].

É o que o filme Avatar [2009/James Cameron] vai utilizar [de forma magistral] para que todos nós façamos a viagem pra um mundo psicodélico sem ingerir LSD. Tecnologia antiga, mas utilizada na medida certa e com engenhosidade. O sucesso foi tamanho que várias outras produções [como o filme Alice/Tim Burton, em exibição] já lançaram mão do 3D seguindo o veio aberto. A tecnologia 3D já estava caducando e ressurgiu das cinzas.

Não precisa ter uma ideia nova para se fazer o novo. Basta pensar só mais um pouquinho do que os demais.


Por Buca Dantas Especial pro NãoEhUmBlog.com