Quando eu penso que a Miley Cyrus vai me surpreender com alguma declaração decente, ela vem com abobrinhas. O G1 apresenta hoje uma manchete de uma entrevista com a artista teen, que será publicada essa semana na Billboard, em que ela diz não gostar de Glee. E até aí tudo bem. O problema é o que vem depois disso... A Hanna Montana diz que musicais não são compatíveis com a vida real. Ah... se não fosse a Miley pra nos dizer isso, hein? Ela ainda completou: “Musicais, honestamente? E se na vida real eu estivesse simplesmente andando pela rua Rodeo Drive e, do nada, começasse a cantar uma música sobre o quanto amo sapatos?". E como abobrinha pouca é besteira, ela ainda soltou que ama a Lady Gaga (oh,estou chocada!). Em suas palavras: “Ao contrário de muitos artistas, todas músicas dela têm um significado pessoal”. E eu me culpando porque estava concordando com uma manchete que tinha Glee e Miley Cyrus em uma mesma sentença. Logo vi que algo estava errado...
Glee é ruim. Os fãs podem chorar dizendo que amam o seriado- e eles têm todo direito de fazer isso- mas não vão fazer com que ele melhore. A série é tão tosca que agora os roteiristas estão começando a colocar piadinhas com eles mesmos. Como se fosse uma tentativa de gritar: “oi, mãe. Não se decepcione comigo. Eu sei fazer coisa melhor, mas isso aqui dá dinheiro!”. E eu sei que a adolescente ironizou com essa declaração. Contudo, o problema de Glee está longe de ser o fato de que, às vezes, eles seguem a linha dos musicais tradicionais. Aliás, se fizesse isso bem, já estava de bom tamanho. Ou vão me dizer que a cena em que “um homem caminha por uma rua encharcada e em seguida pega seu guarda-chuva e começa a cantar Singing in the rain” é ruim só porque ela também não condiz com a realidade?!Não é também só uma questão de formato, definitivamente.
Agora dizer que a Lady Gaga é boa porque suas músicas têm significado pessoal? Que músico não escreve suas canções com significado pessoal? Tadinho do Thom Yorke, vocalista do Radiohead, ele deve se acabar de gritar e chorar com suas músicas depressivas inspiradas, apenas, no cachorro do seu vizinho. Eu, hein!
O lance da Lady Gaga é o mesmo do Marilyn Manson: o fator "melancia na cabeça". Ou vão me dizer que ouviriam “Rah-rah-ah-ah-ah-ah! Roma-romama-ah. GaGa-ooh-la-la!Quero seu mau romance. Eu quero a sua feiúra. Eu quero a sua doença. Eu quero o seu tudo desde que seja de graça” com a mesma freqüência, se não fosse as caras, bocas e roupas estranhas do tão falado “ícone pop”?
Estamos muito bem de pop com Lady Gaga, Glee e a menina que não deveria estar cantando, ao menos enquanto a sua puberdade não passa e a voz não melhora, Miley Cyrus.
p.s.: eu sei que a foto no topo da postagem é de uma abóbora e não de uma abobrinha. =P
Por Taty Macoli
comentários: 0
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário blá, blá, blá