Maratona Breaking Bad: impressões sobre a 1ª temporada

Até o momento, esta summer season vem apresentando séries um tanto quanto fracas e que não despertaram o meu interesse em acompanhá-las*. Mas não será por isso que deixarei o meu vício em séries de lado, não é mesmo? Resolvi retomar algumas séries e começar a ver outras que já estão no ar a algum tempo. Na minha lista estão, até o momento: Grey's Anatomy que parei na 4ª temporada, Gossip Girl que parei na metade da 2ª, Nip/Tuck, Stargate Universe, Party Down e Caprica que ainda não vi nadinha e Breaking Bad, a grande surpresa de todos os tempos em termos de séries geniais.

Então, a partir de hoje, vocês acompanharão meus comentários sobre esta série incrível, bem como sobre as descobertas que irei fazendo ao longo desta mid season, ok? E não se peocupem, pois esta promessa pretendo cumprir. rsrs

Vamos à Breaking Bad, então...

 Pôster de divulgação com o elenco da série

Imagine ser um dos maiores nomes da Química e ter que trabalhar dando aula para alunos do segundo grau e pra complementar a renda ainda ter que lavar carros? Difícil, né? Agora imaginem descobrir que tem um câncer no pulmão, incurável, sem nunca antes ter fumado? É de revoltar! E é esta a situação do protagonista de Breaking Bad: possui uma vida miserável e, ainda por cima, tem um câncer incurável.

Com um drama tenso e com situações bastante polêmicas, a série, criada por Vince Gilliano e exibida no canal americano AMC, conta a história de Walter H. White (Bryan Cranston) e o seu envolvimento com o mundo da fabricação de metanfetamina. E o que é que a metanfetamina tem a ver com Walter?

Aaron Paul que interpreta Jesse Pinkman

Um dos meus personagens preferidos

Químico renomado, mas que por alguma razão acabou dando aulas em uma high school, Walter decide começar a “cozinhar” cristais para juntar um dinheirinho e deixar sua família em uma situação financeira mais aceitável após a sua iminente morte. Para isso ele junta-se ao ex-aluno Jesse Pinkman (Aaron Paul) que é, atualmente, um traficante de drogas que perdeu o seu parceiro.

Personagens Walter, Skyler e Walter Jr

Outros personagens importantes na trama são: Skyler White (Anna Gunn) é a esposa grávida de Walter e vive no pé dele, principalmente quando descobre a doença do marido. Mas sabemos que é tudo por amor (que brega! rs) e preocupação em perder alguém muito importante. Tenho que confessar que chego a me irritar profundamente com as cobranças da personagem, com o egoísmo, mas é tudo compreensível. A atriz faz muito bem o papel.

Walter White Jr (RJ Mitte) é o filho dos White e tem paralisia cerebral, mas tem ótimos diálogos com os pais. Adoro a sinceridade dele, mesmo sendo cruel em alguns momentos.

Hank Schrader (Dean Norris), cunhado de Walter e um dos agentes do DEA, espécie de Divisão policial anti-drogas. Já deu pra perceber um ótimo conflito vindo por aí, não é mesmo? E Marie Schrader (Betsy Brandt) é a irmã de Skyler e está sempre presente na família White.

É muito interessante acompanhar a relação entre a família White e Schrader. Em alguns momentos parecem que moram na mesma casa, dado a intimidade entre eles e a preocupação e carinho que eles têm uns com os outros.

Já li em alguns lugares que muitos acham a série lenta. Ela até pode ser, em alguns momentos, mas a densidade que nos é apresentada com o drama vivido pelos personagens, em especial o do personagem principal, não tem como ser diferente. Se você espera uma série de ação pode ir esquecendo. Aqui a história é focada no drama pessoal de Walter.

É tudo tão denso e forte que eu sofri por três dias seguidos acompanhando a saga de Walter para resolver sua situação. Chorei litros em várias cenas, torci pelos erros do personagem principal...

Cena do episódio piloto - muito tensa

Sobre ele tenho só mais uma coisinha pra comentar: ator genial e personagem que cativa no primeiro instante, seja pela inteligência, seja pela vida medíocre em que vive, seja pela coragem em enfrentar algo ilegal e perigoso.

Uma outra coisa que chama bastante atenção na série é a forma como a história é contada. Antes da abertura de cada episódio mostra-se uma situação futura dos personagens e todo o restante da história vai apresentando o que realmente aconteceu para que eles chegassem àquela situação do início do episódio. Além do formato, a trilha sonora é algo muito bom na série.

Após terminar a primeira temporada da série eu só tenho uma coisa a dizer: não entendo, até hoje, como pude deixar uma série deste porte, fora da minha lista de séries para acompanhar. Já estou na metade da segunda temporada e só parei de ver neste final de semana por causa de responsabilidades acadêmicas, mas olha que foi difícil abandonar Walt.

Assista e comente aqui o que você está achando. Ou, para aqueles que já viram, como vocês conseguem viver com os períodos de espera entre uma temporada e outra?!!! rs

Promo da 1ª temporada:

* Para saber sobre algumas das séries desta midseason ouçam os podcast 79 e 81.

Escrito por Myrianna Coeli