Que raios de episódio foi esse, hein? Uma avalanche, um tumulto, uma desorganização, que me deixaram perturbada. Quero acreditar que tenha sido pelo estilo tóxico de Britney, mas, ainda assim, foi exagerado. Até pra um explosivo encontro entre um dos maiores nomes da cultura pop e Glee.
Em Britney/Brittany todos tentam convencer Mr. Schuester a deixá-los realizar um número em homenagem a Britney. O professor proíbe a apresentação até ser convencido, tanto pela insistência dos membros do Clube, quanto pela frustração de perder Emma para outro cara. Esse cara é Dr. Carl, interpretado por ninguém mais, ninguém menos, do que John Stamos, que em E.R. deu vida a um médico de verdade. Ah, esse preconceito que os norte-americanos têm com a formação dos dentistas... A história foi tão sem graça quanto Will, mas serviu para evoluir a relação entre os dois.
Já a briga dos alunos rendeu textos que pareciam ter sido escritos pela própria Britney, ou alguém muito a fim de agradá-la, e uma cena que me fez prestar mais atenção no Chris Colfer. O diálogo entre Kurt e Will ficou bem cronometrado e quando o garoto perde a paciência é lindo de assistir algo dando certo. Mas falemos do que importa. A participação de Britney ficou nada atrativa, unindo-se à falta de criatividade de como as músicas foram inseridas no episódio. Nem entro na questão sobre os efeitos mágicos da anestesia do dentista, mas era realmente necessário que quase todas as apresentações fossem realizadas dessa maneira?
Contudo, o episódio não foi de todo ruim. Figurino e coreografias dos clipes, especialmente naqueles em que a Heather Morris participa, ficaram in-crí-veis. Dançou MUITO nesse episódio. Sem contar as tiradas da personagem, que sempre resultou nos momentos mais cômicos da série. O texto de Glee, de uma maneira geral, tem melhorado bastante.
As versões das músicas não me agradaram tanto, o que é novidade. O que mais incomodou foi que não ficou exatamente uma versão, mas uma desconstrução das músicas, algumas acabaram tão diferentes que nem lembravam as originais. Se tenho que escolher uma, fico com Stronger, cantada por Artie. O vídeo não é um dos melhores, porém a música ficou bem legal.
Ao contrário da semana passada, o episódio fechou bem melhor do que começou. Num clima mais calmo, Rachel, finaliza em seu já carimbado solo, com The Only Exception, de Paramore. Sem tantas modificações, gostei. Mesmo. Só o seu momento lágrimas que me irritou um pouco, mas aí é bem da personagem. Insegurança e drama num pacote só.
As Britneys do título levam os prêmios da semana. O Troféu Raul Cortez vai para a personagem mais sem noção da TV que consigo lembrar e o Suzana Vieira para as cenas da Britney real, com participações bem ruizinhas e decepcionantes. De todo modo, ela deve estar mais do que satisfeita, uma vez que o episódio foi o mais assistido da série até hoje, com um número acima de 13 milhões de espectadores, e, como fazem questão de lembrar, chegou ao topo das paradas 3 vezes em 2 anos, entre outras coisas.
Por Emille Cândido
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