Cinco livros que deveriam envergonhar seus autores

(Nem vou falar dos leitores, pra não magoar ninguém!)

Todo mundo nesse site faz lista: é lista de música, lista de propaganda, lista de filme e por aí vai. Nós que escrevemos sobre literatura ficamos um pouco invejosos e resolvemos fazer a nossa lista também. Como somos críticos, a atividade que mais nos agrada não é outra, se não, encontrar defeito. A lista não poderia ser diferente. Nada de “melhores”. Vamos aos cinco livros que deveriam matar de vergonha os seus autores.

(Não existe nenhum tipo de ordem de “ruindade” entre os livros, somente a que a minha memória estabelecer. São todos igualmente ruins)

1- Marley e Eu: a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo – John Grogan

Uma história – real – sobre um homem e o amor pelo seu... CACHORRO?!?!? Ok, vou deixar você decidir como completar essa frase pra começar um livro melhor que esse.

Uma história – real – sobre um homem e o amor

a) pela sua mulher

b) pelo vizinho da sua mulher

c) pela sua mulher e pelo vizinho dela

d) pelos ursos pandas

2- Onze Minutos – Paulo Coelho

É até clichê falar de Paulo Coelho em uma lista de piores livros, né? Mas é impossível não citar. “Onze Minutos” é ruim de doer. Uma brasileira que come o pão que o diabo amassou, fecha o coração para o amor, vai ser prostituta na Europa e descobre que ainda pode amar. Tudo isso como se tivesse sido escrito por um adolescente de 14 ou 15 anos. É pouco? Tem mais: “Onze Minutos” vai ganhar versão pro cinema. Informação inútil: seu nome vem do fato que, segundo o autor, as relações sexuais médias no planeta duram 11 minutos. A estatística não favorece.

3- Cartas entre amigos – Gabriel Chalita e Padre Fábio de Melo

Tenho uma coisa a dizer sobre esse livrZZZZZZZZZzzzzzzzzzzzzZZZZZZzzzzzzzZZ

4- O Diário da Princesa – Mag Cabot

Duas horas de leitura contínua. Não é preciso mais que isso pra você terminar de ler esse daí. Como é uma série que tem 10 livros e duas edições-guia, em pouco mais de um dia de leitura você consegue se sentir O leitor. O problema: o livro é ruim demais. A história está resolvida desde o segundo capítulo do primeiro livro, quando a autora já nos apresentou a personagem principal, seu príncipe encantado, sua melhor amiga e o irmão da melhor amiga (que irá acabar sendo o príncipe encantado). Dois capítulos. E você já sabe tudo o que virá depois. De onde Mag Cabot tirou tanta história pra escrever 10 livros depois disso, eu não ouso imaginar.

5- Crepúsculo – Stephnie Meyer

Bella Swan (o patinho feio) se muda para uma chuvosa cidade, onde conhece Edward Cullen e acaba se apaixonando por ele. Edward é um pouco diferente dos outros rapazes da escola. Ele tem um brilho todo próprio. É infame? E eu não sei? Mas a culpa não é minha. Reclame com a autora. Aliás, tem muita coisa pra reclamar com ela: os vampiros mais chatos da história da literatura; vampiros que saem ao sol e não viram churrasco; vampiros que saem ao sol e brilham... BRILHAM!!!; Lua Nova; Eclipse; Amanhecer... Quer saber de uma coisa: STEPHNIE MEYER, FAÇA UM FAVOR AO MUNDO: RECOLHA SEUS LIVROS E VÁ LER HISTÓRIAS DE VAMPIROS DE VERDADE!

Então... assim acaba mais uma lista publicada nesse site. Agora, podemos dizer que também somos gente na sessão de literatura. Até a próxima!

Por Fernando Palhano (@realfpalhano)