Para resumir, Audition foi uma das melhores estréias que vi até agora. Especialmente se comparada ao nível que Glee apresentou durante a primeira temporada. É certo que a qualidade da série nunca foi lá essas coisas, e, talvez por isso, tenha me surpreendido tanto. O episódio conseguiu manter minha empolgação e uma expressão de total surpresa no meu rosto durante 35 minutos, as cenas finais, contudo, me decepcionaram bastante. Mas sobre isso falo depois.
O clima é de maturidade. O texto ficou mais inteligente e a pegada cômica mais elaborada. Gostei muito dos vídeos iniciais filmados para o blog do Jacob, essencial para nos atualizar sobre a vida dos personagens. Uma geral eficiente e bem melhor do que perder tempo com flashbacks, utilizados em demasia ultimamente nos seriados norte-americanos, ou com diálogos intermináveis.
O que mais adorei no episódio, e aí vai de cara o Troféu Raul Cortez, foi o momento em que as músicas foram distribuídas durante a história. Glee, mais do que nenhuma outra, sempre levou a sério a premissa de que, se é musical, não precisa fazer sentido os momentos em que as músicas começam. Afinal, na vida real ninguém sai cantando pelos corredores do colégio. Mas dessa vez elas tinham um motivo mais convincente para estarem lá. Lógico que o tema do episódio contribuiu, no entanto isso permitiu uma fluência tão natural no roteiro que não recordo de já ter visto o mesmo atributo durante a série.
A escolha das músicas e suas interpretações foram outras qualidades que me deixaram extremamente animada. O ambiente contemporâneo e atualizado rendeu um ritmo bem mais gostoso. E quando falo de música não é qualquer uma, somente as mais tocadas recentemente. No embalo foi Empire State Of Min”, Telephone e Billionaire. Ressalte-se o estilo New Directions, capaz de deixar essas canções ainda melhores, com um perfil mais leve e empolgante. Mas nesse quesito, nunca tive do que reclamar. Na verdade, a história é que deixava a desejar e aparentemente está melhorando.
O núcleo dos professores ganhou muito com a nova técnica do time de futebol, Beiste. De início tive certo receio de como ela entraria na história e o que isso representaria pra trama de uma maneira geral, mas ela meio que me conquistou. O Ken Tanaka foi muito bem substituído e não fará a mínima falta. Creio que o melhor benefício foi fugir um pouco da conturbada relação Will/Sue, já repetitiva, e simplesmente acrescentar, enriquecer o conflito. “Well done!”, como diria Sheldon.
Pra completar, amei os novos personagens. Na falta de expressão pior, "escolheram a dedo"! Sam e Sunshine Corazon são incríveis. Nisso, novamente, eles sempre fizeram questão do alto nível. Achei o máximo o nome e a personalidade da estudante mais cool de intercâmbio que já fizeram. Como não sou adepta dos spoilers, sei apenas de poucas informações sobre o futuro desses personagens, por isso só posso acrescentar que a história de Sam será muito bem vinda.
Por alguns minutos fiquei muito feliz e orgulhosa de terem colocado uma cantora que pudesse competir diretamente com Rachel, mas chegou a me consternar o fato dela sair tão rapidamente. Tenho fé que não é permanente. Todo mundo sabe que Rachel tem uma inquestionável qualidade de voz, mas seu monopólio chega a prejudicar a série. Os outros cantores quase não são notados. Essa já é uma velha reclamação e durante a temporada os produtores prometem mais do restante do grupo. Mesmo assim, a música final, What I did for Love, interpretada por Rachel, pareceu apenas um chato motivo para um solo. Totalmente destoado do restante do episódio, soando inclusive ultrapassado, explorou a idéia do vídeo-clipe, extremamente usada na 1ª temporada e não acrescentou em nada. O Troféu Suzana Vieira vai para esses minutos finais, que fizeram a qualidade do episódio cair consideravelmente.
De todo modo, uma estréia muito além do que esperava. Estou empolgada pela temporada! Próximo episódio será definitivamente memorável, tanto por Britney Spears, quanto por uma das melhores personagens da série: Britanny.
Por Emille Cândido
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