Precisamos de Saneamento Básico, FATO. Aí você fecha a página porque acha que se enganou de sessão e eu tento impedir isso antes que seja tarde demais dizendo: CALMA! Estou falando de Saneamento Básico, o filme (2007). (Da última vez que perguntei se já tinham assistido a esse filme começaram a falar sobre o governo da Prefeita).
Ambientado na comunidade da Linha Cristal - serra gaúcha, moradores reúnem-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Após ouvir a reivindicação, a secretária da prefeitura afirma que não dispõe de verba para obras de saneamento básico até o final do ano.
No entanto, a prefeitura tem quase dez mil para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida. A comunidade decide então fazer um vídeo sobre a obra e conta com o apoio da prefeitura, mas é esclarecido que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, sendo esse necessariamente de ficção.
Os moradores da Linha Cristal passam então a fazer o tal vídeo com o único objetivo de usar a verba para as obras. O que eles não esperavam é que a produção do vídeo fosse se tornando cada vez mais complexa e interessante.
Usando uma metalinguagem e um tom irônico, o diretor e roteirista Jorge Furtado (O homem que copiava, 2003) nos presenteia com essa divertida história envolvendo pessoas comuns, que sem o menor conhecimento de audiovisual, se aventuram na realização de um filme de ficção sem nem ao menos saber o que esse nome significa. O amadorismo é cômico e eficiente, desperta em quem assiste o “riso por identificação”; a velha história de “rir de si mesmo” ou “rir porque já passou por isso”.
Nomes de peso aparecem no filme interpretando personagens singulares: Wagner Moura (Tropa de Elite, 2007) e Fernanda Torres (Os normais, 2003) como um casal que se encontram nas diferenças, levam o público a gargalhar com suas brigas e trejeitos. Além de Camila Pitanga (Caramuru – A invenção do Brasil, 2001), Bruno Garcia (Lisbela e o Prisioneiro, 2003), Lázaro Ramos (ó, paí ó, 2007), Tonico Pereira (O coronel e o Lobisomem, 2005) e Paulo José (O homem que copiava, 2003), cada um com sua particularidade e sua contribuição para esse roteiro que se prende mais a boa construção dos diálogos e situações hilárias do que a utilização de mega-ultra efeitos especiais.
Esse ‘longa’ tem uma roupagem diferenciada do habitual em se tratando de Cinema Brasileiro. A começar pelas locações que acontecem em municípios do Rio Grande do Sul, uma ambientação que dá à tela tons e cores mais frios. Além de problemas sociais sendo abordados de forma sutil, sempre com um teor cômico. Isso gera uma leveza à produção e uma característica de certa forma intimista.
Se eles conseguem ou não produzir esse vídeo, se a verba é ou não é liberada se torna um mero detalhe. A essa altura do campeonato o espectador já se encontra tão envolvido na produção do filme, junto com os personagens, que o dinheiro para as obras do esgoto acaba ficando em segundo plano. O negócio é fazer o filme bem feito. Se eles conseguiram ou não... só assistindo Saneamento Básico, o filme para saber.
Ambientado na comunidade da Linha Cristal - serra gaúcha, moradores reúnem-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto. Após ouvir a reivindicação, a secretária da prefeitura afirma que não dispõe de verba para obras de saneamento básico até o final do ano.
No entanto, a prefeitura tem quase dez mil para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida. A comunidade decide então fazer um vídeo sobre a obra e conta com o apoio da prefeitura, mas é esclarecido que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, sendo esse necessariamente de ficção.

Usando uma metalinguagem e um tom irônico, o diretor e roteirista Jorge Furtado (O homem que copiava, 2003) nos presenteia com essa divertida história envolvendo pessoas comuns, que sem o menor conhecimento de audiovisual, se aventuram na realização de um filme de ficção sem nem ao menos saber o que esse nome significa. O amadorismo é cômico e eficiente, desperta em quem assiste o “riso por identificação”; a velha história de “rir de si mesmo” ou “rir porque já passou por isso”.
Nomes de peso aparecem no filme interpretando personagens singulares: Wagner Moura (Tropa de Elite, 2007) e Fernanda Torres (Os normais, 2003) como um casal que se encontram nas diferenças, levam o público a gargalhar com suas brigas e trejeitos. Além de Camila Pitanga (Caramuru – A invenção do Brasil, 2001), Bruno Garcia (Lisbela e o Prisioneiro, 2003), Lázaro Ramos (ó, paí ó, 2007), Tonico Pereira (O coronel e o Lobisomem, 2005) e Paulo José (O homem que copiava, 2003), cada um com sua particularidade e sua contribuição para esse roteiro que se prende mais a boa construção dos diálogos e situações hilárias do que a utilização de mega-ultra efeitos especiais.
Esse ‘longa’ tem uma roupagem diferenciada do habitual em se tratando de Cinema Brasileiro. A começar pelas locações que acontecem em municípios do Rio Grande do Sul, uma ambientação que dá à tela tons e cores mais frios. Além de problemas sociais sendo abordados de forma sutil, sempre com um teor cômico. Isso gera uma leveza à produção e uma característica de certa forma intimista.
Se eles conseguem ou não produzir esse vídeo, se a verba é ou não é liberada se torna um mero detalhe. A essa altura do campeonato o espectador já se encontra tão envolvido na produção do filme, junto com os personagens, que o dinheiro para as obras do esgoto acaba ficando em segundo plano. O negócio é fazer o filme bem feito. Se eles conseguiram ou não... só assistindo Saneamento Básico, o filme para saber.
Escrito por Jamaika Lima
comentários: 0
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário blá, blá, blá